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Pecados Capitais: O Orgulho

Estudo baseado no Compêndio Teologia Ascética e Mística, parágrafos 820 a 829.

Dando continuidade aos nossos estudos sobre os pecados capitais, precisamos entender como se manifesta cada um dos sete pecados capitais que foram apresentados na formação sobre o que são os pecados capitais.

O que estudaremos hoje é o Orgulho, fonte e princípio de todos os pecados. O atual estudo tem como base a Palavra de Deus, o Catecismo da Igreja Católica e o Compêndio de Teologia Ascética e Mística, de Adolphe Tanquerey.

O que é o Orgulho?

Estudando o parágrafo 820 do Compêndio citado acima, aprendemos coisas importantes e podemos responder a essa pergunta com clareza e profundidade!

O orgulho é um desvio daquele sentimento legítimo que inclina a estimar o que há de bom em si a procurar a estima de outros, na medida em que seja útil para as boas relações mantidas com eles.

É uma espécie de idolatria. É o amor desordenado de si mesmo, que faz o homem considerar-se, explícita ou implicitamente, o primeiro princípio e o último fim.

São poucos os que se amam de forma tão desordenada. O homem passa a se considerar como deus de si mesmo. Esse vício capital se manifesta de duas maneiras objetivas e, às vezes, muito claras. Pode ser classificado em orgulho de princípio e orgulho de fim.

O Orgulho de Princípio

O orgulho de princípio consiste em considerar-se a si mesmo como primeiro princípio de si mesmo. Muitos caem implicitamente nesse pecado. Na teoria, consideram a Deus Senhor e Origem de todas as coisas, inclusive de si; na prática, mostram o contrário.

Na prática, comportam-se como se os dons naturais e sobrenaturais que possuem tivessem sido originados em si e não fossem, de fato, dons de Deus, distribuídos conforme Lhe aprouve.

De modo análogo, esse foi o pecado de Lúcifer, que, querendo ser autossuficiente, recusou submeter-se a Deus.Mais caem implicitamente nesse pecado; comportam-se como se os dons, naturais e sobrenaturais, que o Senhor lhes deu, fossem de sua autoria.

Teoricamente, confessam que Deus é o primeiro princípio; na prática, estimam-se descontroladamente. O princípio de considerar-se, explícita ou implicitamente, o primeiro princípio de si mesmo faz o orgulhoso exagerar suas qualidades pessoais:

  • Fecha os olhos para não ver seus defeitos e olha com lente de aumento as próprias qualidades, ao ponto de atribuir-se qualidades que não possui ou que são apenas aparência de virtude.
  • Ficam a um passo de injustamente se preferirem aos demais. Examinam com lupa os defeitos dos outros e raramente têm consciência dos seus. Veem o cisco no olho alheio e não enxergam a trave nos seus.
  • Para com os superiores o orgulho manifesta-se pelo espírito de crítica e de rebelião, que conduz o orgulhoso a vigiá-los detalhadamente, para deles falar mal: tudo quer julgar e controlar; isso faz com que se torne muito difícil a obediência. Deseja a independência, ou seja, ser o primeiro princípio.

Resumindo o Orgulho de Princípio

O orgulho de princípio tem como sintomas: exagero das qualidades pessoais; achar-se melhor que os outros; julgar-se santo, pelas consolações que teve; rigor com os outros, leveza consigo; espírito de crítica e de revolta contra os superiores.

Tem como sintomas o exagero das qualidades pessoais; achar-se melhor que os outros; julgar-se santo, pelas consolações que teve; rigor com os outros, leveza consigo; espírito de crítica e de revolta contra os superiores.

O Orgulho de Fim

O orgulho de fim tem origem no orgulho de princípio. Ao considerar-se o primeiro princípio, o homem também passa a agir como fosse também o fim último de si. Passa a reivindicar os méritos das boas obras, sem designá-los a quem diz respeito, ou seja, ao Altíssimo Deus.

O orgulho de fim leva o homem a querer ser louvado por suas boas obras, a achar que as pessoas devem organizar suas vidas de modo a agradá-lo e servi-lo, de tal ponto que o orgulho o corrompe.

As consequências do orgulho são, principalmente, a propensão de outros pecados a partir do orgulho, a esterilidade espiritual e a privação da graça. O Pecado do Orgulho é a base e origem de todos os outros pecados.

O orgulho de fim consiste em considerar-se a si mesmo, implícita ou explicitamente, o último fim, fazendo as obras sem referi-las a Deus e reivindicando os méritos como se fossem seus. Explicitamente, poucos caem nesse orgulho; mas, na prática, muitos compactuam pelo modo de agir.

O orgulho de fim leva o homem a querer ser louvado por suas boas obras, como se fosse o autor principal das mesmas; faz com que ajam por egoísmo, pelos seus próprios interesses, não se importam com a glória de Deus e menos com o próximo.

Chegam ao ponto de desejar que as pessoas organizem suas vidas para agradá-las e servi-las. Considerando-se centro, consideram-se o fim último dos demais.

Em todas as suas manifestações, o orgulho é um defeito muito comum. Há também pessoas que buscam a si mesmas em suas devoções e reclamam com Deus quando Ele não as enche de consolações.

Resumindo o Orgulho de Fim

O orgulho de fim tem como sintomas querer ser louvado pelas coisas que faz, achar-se o centro do mundo, fazer tudo por egoísmo e reclamar a ausência de consolações. Do orgulho, nas suas duas principais formas de manifestação, nascem a presunção, a ambição e a vanglória.

A primeira é o desejo e a crença desordenada das próprias capacidades, deriva de uma alta opinião sobre si. A segunda é o desejo e amor desordenados da honra, dignidade e autoridade sobre outros. A terceira é o desejo desordenado pela estima de outros.

O orgulho causa esterilidade espiritual e deixa o homem propenso a muitos outros pecados, causa a privação da graça. Pode-se dizer que o orgulho é a base e origem, a condição sem a qual, de todos os pecados.

Conclusão

Sendo o Orgulho um vício capital, há uma ou mais virtudes que combatem a ele diretamente. E é sobre o combate ao orgulho que falaremos na próxima formação, que se chama O Combate ao Pecado do Orgulho.

Escrito por Equipe Tenda do Senhor

Grupo de Oração Tenda do Senhor

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