A Quaresma é tratada como um tempo de conversão e reconciliação com Deus, e isso está corretíssimo. Mas hoje, queremos abordar um outro aspecto da vivência deste tempo na nossa vida.
Hoje, o Senhor nos chama a vivenciarmos a Sua Misericórdia de uma forma mais madura e consistente. Não basta apenas darmos um primeiro passo de conversão, Ele nos chama a fugir do pecado, a nos afastarmos do Mal. Em Mq 7, 19 temos: “Uma vez mais, tende piedade de nós! Esquecei as nossas faltas e jogai nossos pecados nas profundezas do mar!”
Não basta apenas dizermos um não momentâneo ao pecado, como alguém que faz um charminho para o namorado(a). Isso, ao contrário de nos afastar, nos entrelaça mais e mais com aqueles nossos “pecados de estimação”. Precisamos dar nosso NÃO, decidido e maduro, a todas as propostas incutidas pelo Maligno. Jogar nossos pecados nas profundezas do mar.
Muitas vezes, nossas forças, ou nossa vontade, sucumbem à tentação, mesmo que tenhamos um bom propósito. Assim, não há outra saída a não ser fugir das ocasiões. Sabe aquele pecado que você confessa (ou deveria…) todas as vezes que procura um sacerdote?
Você sabe melhor do que ninguém como ele se manifesta e, enfim, se realiza. Não é vergonha nenhuma procurar uma maneira de deixar que isso não aconteça. Isso é fugir do pecado. Não dar ouvidos às insinuações da serpente, que a todo momento vai tentar te convencer das propriedades maravilhosas do fruto proibido (cf. Gn 3, 1-5).
Então, lapide sua vivência cristã, resistindo e fugindo das ocasiões de pecado. Misericórdia do Senhor para conosco, em auxílio às nossas fraquezas, mas também maturidade de nossa parte, para reconhecermos o mal e o eliminarmos de nossa vida.