A Origem da Devoção a Nossa Senhora da Consolação e Correia
Nossa Senhora da Consolação e Correia nos recorda uma tradição que remonta aos tempos de Jesus Cristo. Maria, como toda mulher judia de seu tempo, andava cingida com uma correia como sinal de sua pureza e modéstia.
A Descoberta das Relíquias Sagradas
De acordo com a tradição católica, o apóstolo Tomé não estava presente no sepultamento de Nossa Senhora, chegando apenas três dias depois. Para que ele pudesse se despedir, removeram a pedra que cobria o sepulcro e, para espanto de todos os presentes, seu corpo não se encontrava mais ali. Foram encontradas somente a correia e suas vestes, envoltas em rosas que exalavam um suave perfume celestial.
Essas relíquias sagradas ficaram guardadas na mesma sepultura, e diversos prodígios foram relatados a partir de sua veneração. Passados muitos anos, Juvenal, patriarca de Jerusalém, encontrou a correia no sepulcro de Nossa Senhora. A imperatriz Santa Pulquéria ordenou que a relíquia fosse transportada para Constantinopla, onde foi depositada em uma igreja construída especialmente para este fim, fazendo com que a devoção se fortalecesse cada vez mais entre os fiéis cristãos.
A Visão de Santa Mônica e a Ligação com a Ordem Agostiniana
A tradição também nos revela um relato marcante envolvendo Santa Mônica. Ao se encontrar desolada com a morte de seu marido e os pecados de seu filho Agostinho, ela teve a visão de Nossa Senhora vestida de preto, segurando uma correia nas mãos.
Maria Santíssima ordenou que ela se vestisse desta maneira e entregou-lhe a correia, garantindo-lhe a conversão de seu filho. Também Agostinho e seus companheiros deveriam vestir-se assim em memória da paixão de Jesus Cristo e usar a correia em homenagem à Virgem Maria.
A Devoção no Brasil
Mais tarde, na Ordem Agostiniana, surgiram as Confrarias de Nossa Senhora da Consolação e Correia e de Santa Mônica e Santo Agostinho. No Brasil, a devoção começou a ser divulgada com a chegada dos Agostinianos em 1899 e é celebrada no dia 4 de setembro.
O Significado da Devoção
Esse título de Nossa Senhora nos lembra sua presença maternal em nossa vida, trazendo alegria, paz e esperança a todos os que necessitam de consolo. A devoção nos recorda que Jesus foi sensível à dor e ao sofrimento humano, e que veio ao mundo para libertar o ser humano de toda espécie de mal e pecado.
Ao trazer nos braços o Menino Jesus, Maria apresenta a única consolação que salva verdadeiramente o mundo: Cristo, nossa esperança e redenção.
Oração a Nossa Senhora da Consolação e Correia
À vossa Proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, a quem invocamos como Nossa Senhora da Consolação e Correia. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas protegei-nos e livrai-nos sempre de todos os perigos.
Virgem gloriosa e bendita, Mãe da Divina Graça e do Bom Conselho, Nossa Senhora do Socorro. Pois nunca se ouviu dizer que uma filha ou um filho vosso tenham a Vós recorrido, sem obter de Vós o socorro e o amparo.
Mostrai-nos Jesus, vosso Filho, Consolador dos aflitos, Príncipe da paz e Conselheiro admirável, Graça benfazeja, bom Pastor e Profeta da esperança.
A Vós consagramos nossa Província, com todas suas obras e atividades. Ajudai-nos a seguir vosso Filho, Caminho, Verdade e Vida. Animai-nos a ser sempre Servidores do Evangelho e do Reino de Deus.
Fazei-nos jamais esquecer dos pobres, enfermos e abandonados. Dai-nos cuidar com carinho da Casa comum e sempre defender a vida.
Favorecei-nos com vossa intercessão em todas as nossas necessidades, de maneira especial as vocações agostinianas. Intercedei por nós hoje e sempre e, na hora de nossa morte, acompanhai-nos na Boa Viagem, à feliz Glória do céu.
Nossa Senhora da Consolação e Correia! Rogai por nós.
