Há uma antiga canção que diz: “Hoje, abri a janela, perguntei: ‘Meu Deus, onde estás?”. Há dias cinzentos, assim descoloridos, que amanhecem em matizes de cinza.

Os problemas existem. Fato! Mas, seguindo o rito natural das coisas, se existem problemas, existem soluções. Fato, também! O que não podemos é deixar que os problemas tomem conta da situação, e, portanto, virem senhores da nossa vida e ditem nossos passos.

Eles turvam nossos olhos e nos fazem perder a sensibilidade para ver cores, para enxergar as coisas como elas são. Contudo, ao nos determos nos problemas, deixamos escapar as soluções dos problemas. Adentramos mais e mais a noite escura e, assim, acabamos por nos perder de Deus e de nós mesmos.

Os Problemas e o Sofrer

Os problemas têm essa capacidade de nos arrancar de nós mesmos, de nos tirar da nossa presença. Decerto, quando perdemos nossa companhia, fica muito mais complicado achar a companhia de Deus.

O passo seguinte é começar a sofrer. E como sofremos! E pior ainda: mais do que sofrer, começamos a sentir pena de nós e a achar que o mundo é feio porque eu estou sofrendo e nenhum sofrimento no mundo é maior do que o meu. A minha dor é a mais profunda, é a que mais dói.

Do Sofrimento à Depressão

E ninguém nos entende, afinal, essa dor nos torna cada vez mais carentes e essa carência nos faz cada vez mais sensíveis. E isso vai se tornando uma bola de neve até chegarmos no fundo do poço: a depressão. Aí, sim! As cores simplesmente não existem! Ao olhar pela janela só vemos tons de cinza.

Tudo perde seu sentido. Tudo perde sua essência. Por fim, nós nos perdemos de nós mesmos, perdemos nossa essência, deixamos escapar as cores da vida por entre nossos dedos. E tudo isso por quê? Por que nos afastamos de nós mesmos e, consequentemente, de Deus. Longe de Deus não há vida, não há cores.

Pela tarde, vem o pranto, mas, de manhã, volta a alegria.

Salmo 29, 6b

Do Cinza às Cores

Só existe um jeito de transformarmos o cinza em cores: ouvir a resposta de Deus para a pergunta da música citada acima: “Onde estás?”.

Deus está dentro do nosso coração e é nossa certeza de ver o sol após a noite escura. A noite, por mais escura que seja, certamente não pode impedir o sol de nascer. E o Sol da Justiça, quando nasce em nossas almas, traz de volta toda a cor perdida por nos termos deixado envolver e levar pelos nosso problemas. Eles são escuros e tenebrosos.

Precisamos iluminá-los com a luz de Deus, com a Luz do Sol da Justiça. A dor é inevitável; o sofrimento, opcional. Porquanto, atravessar noites escuras é inevitável. Mais cedo ou mais tarde isso vai acontecer com todos nós. Podem ser noites mais curtas ou mais longas, mas elas sempre terminam com a chegada da luz.

Se mantivermos nossos olhos iluminados à Luz de Deus, conforme nos fala o Salmo 35, iluminaremos também nossos problemas e conseguiremos encontrar, à Luz do Senhor, as soluções para todos eles.

Refletindo

Dias cinzentos só servem para nos fazer abrir as janelas da nossa alma e gritar bem alto:“Meu Deus, onde estás?”. E lá de dentro, acima de tudo, no mais íntimo do nosso coração, poderemos ouvir Sua voz a nos curar, a nos libertar, a nos iluminar.

Que você tenha muitos dias cinzentos em sua vida, muitas noites escuras e longas, mas que você tenha mais ainda a coragem de gritar por Deus e deixar que Ele torne sua vida uma grande aquarela para que todos os dias você pinte sua vida com cores novas, vivas, plenas.

Por fim, deixamos uma outra canção:

Já é tempo de ver o sol, de esquecer a noite escura, de voltar ao primeiro amor, deixar-se envolver pelo abraço de Deus, ouvir Sua voz, Ele lhe chama e lhe diz que é tempo de voltar, recomeçar.

Tempo de Voltar – Pe. Fabio de Melo

Escrito por Equipe Tenda do Senhor

Grupo de Oração Tenda do Senhor

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