Por quatro semanas, o Tenda com Maria irá meditar um pouco sobre os dogmas marianos.
O que é Dogma?
Dogmas são verdades contidas na Revelação Divina que são irrevogáveis na nossa fé, ou seja, são verdades da fé que não podem ser questionadas ou contestadas. Eles são importantes uma vez que nos ajudam a nos manter fiéis em nossa fé. De fato, são como luzes em nosso caminho de fé que o iluminam e nos mantém seguros (cf. CEC n. 88).
Dogmas Marianos
Com relação à Nossa Senhora, a Igreja nos ensina quatro dogmas:
- Mãe de Deus
- Virgindade Perpétua
- Imaculada Conceição
- Assunção ao Céu
Maria, Mãe de Deus
O primeiro dogma mariano a ser proclamado na Igreja é o que afirma que Maria é Mãe de Deus.
Nos primeiros três séculos, inegavelmente alguns padres da Igreja já utilizavam os termos Mater Dei (em latim) ou Theotókos (em grego), que significam Mãe de Deus. Uma antiga oração Mariana dos cristãos do Egito já dizia:
À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus.
No entanto, havia uma certa polêmica, pois os nestorianos, que formavam uma corrente muito popular entre as comunidades cristãs do Oriente, afirmavam que Jesus tinha duas naturezas, uma divina e uma humana, mas que essas naturezas tinham pouca ligação, de forma que Maria era mãe somente da natureza humana de Jesus.
O Concílio de Éfeso
No Concílio de Éfeso, em 431, foi, por fim, declarado que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem. Assim, Maria é Mãe deste Deus feito homem, portanto, ela é verdadeiramente Mãe de Deus.
Decerto, esse é o mais importante dogma mariano. Todos os demais (Imaculada Conceição, Assunção ao Céu e Virgindade Perpétua) encontram seu sentido nele.
Ao proclamar a Maternidade Divina, a Igreja também reconhece Maria como sua Mãe, pois ao longo dos tempos, ela gera novos filhos para Deus. Afirmamos também que o Reino de Deus já está em nosso meio uma vez que o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, entrou na história humana.
Em 1996, São João Paulo II ensinou:
A Expressão Mãe de Deus nos dirige ao Verbo de Deus, que na encarnação assumiu a humildade da condição humana para elevar o homem à filiação divina. Esse título, à luz da sublime dignidade concedida à Virgem de Nazaré, proclama também a nobreza da mulher e sua altíssima vocação. De fato, Deus trata Maria como pessoa livre e responsável. Não realiza a encarnação de seu Filho a não ser depois de ter obtido seu consentimento.
São João Paulo II
A Igreja Celebra Santa Maria, Mãe de Deus no dia 1º de janeiro, dia Santo de Guarda, que conclui a Oitava de Natal.