Após o pecado original, Deus prometeu que viria um Redentor, cujo nascimento foi aguardado por séculos pela humanidade e, sobretudo, Nossa Senhora. Para celebrar essa expectativa de Nossa Senhora, a Igreja determinou que a última semana antes do nascimento de Jesus fosse denominada “da expectação” ou “da esperança”.
E que esses desejos estivessem refletidos nas antífonas do Ofício Divino, que os sacerdotes e religiosos devem rezar.
Por coincidência, nessa mesma semana, elas começavam todas por “Ó!”: Ó, Sabedoria! etc; antífonas que terminavam todas com a invocação “veni”, ou seja, “vinde“.
Tais súplicas ardentes, para que viesse logo o Salvador do mundo, foram extraídas das passagens da Sagrada Escritura. Os Patriarcas e Profetas manifestavam seus desejos de que nascesse o quanto antes o Redentor. Por causa disso, o povo passou a chamá-la carinhosamente de Nossa Senhora do “Ó”.
Instituição
A comemoração litúrgica de Nossa Senhora do Ó foi instituída oficialmente no século VI, por ocasião do décimo Concílio de Toledo, Espanha, onde estiveram presentes três santos: São Frutuoso de Braga, Santo Ildefonso e Santo Eugênio III de Toledo.
Santo Ildefonso foi quem estabeleceu a festa litúrgica de Nossa Senhora do Ó no dia 18 de dezembro, sete dias antes do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Oração a Nossa Senhora do Ó
“Doce Virgem Maria, cujo coração foi por Deus preparado para morada do verbo feito carne pelas inefáveis alegrias da expectação de vosso santíssimo parto, ensinai-nos as disposições perfeitas de uma íntegra pureza no corpo e na alma, de uma humildade profunda no espírito e no coração, de um ardente e sincero desejo de união com Deus, para que o meigo fruto de vossas benditas entranhas venha a nascer misericordiosamente em nossos corações, a eles trazendo a abundância dos dons divinos, para redenção dos nossos pecados, santificação de nossa vida e obtenção de nossa coroa no Paraíso, em vossa companhia. Assim seja. Amém.”