No dia 20 de abril de 1906, em um Colégio Interno de Jesuítas na cidade de Quito, no Equador, logo após o horário da ceia, três alunos, Jaime Chaves, Carlos Herman e Pedro Donoso, que haviam feito Primeira Comunhão há 8 dias, relataram espantados que uma imagem de Nossa Senhora das Dores, que ficava em uma parede próxima ao refeitório, estava abrindo e fechando os olhos suavemente.
O Prefeito do Colégio, Pe. Andrés Roesch, achou que tratava-se de uma brincadeira e repreendeu os meninos, mas diante da insistência, dirigiu os olhos à referida imagem e acreditou tratar-se de ilusão de ótica. Com isso, ele trocou o quadro de lugar, observou a posição das lâmpadas elétricas, pesquisou se havia algum objeto que produzia efeito semelhante, mas nada encontrou que pudesse oferecer uma explicação satisfatória.
A notícia espalhou-se pela cidade rapidamente e várias pessoas procuraram o local, umas por curiosidade, outras por devoção. Como o acontecimento foi se espalhando por todo o país, o Arcebispo precisou intervir. Então, ele ordenou que se tomassem informações concretas sobre o acontecimento e submeteu-as ao exame e consideração de uma junta teológica.
Diferentes comissões, compostas de pessoas competentes na matéria, concluíram que o fato era realmente prodigioso e de ordem sobrenatural. Assim sendo, no dia 31 de maio daquele ano, as autoridades eclesiais autorizaram o culto à Santa Imagem, dando-lhe o título de “Dolorosa do Colégio”.
Com o passar dos anos, o colégio San Gabriel mudou de lugar e ficou longe do centro histórico, mas levaram a imagem ao seu novo local. Onde ocorreu o prodígio atualmente é uma capela. Em sua visita ao Equador em julho de 2015, o Papa Francisco rezou ante a imagem e celebrou Missa ao seu lado.
