Nessa segunda semana, quero refletir um pouco sobre a falácia da sensualidade livre, que traz em si mesma uma contradição. Como algo que escraviza pode nos tornar livres?
Por sensualidade entende-se uma inclinação aos prazeres do sexo. E o sexo – em si – não é mau, afinal, foi Deus quem o criou e mandou o homem e a mulher se utilizarem dele para multiplicarem-se. O problema está quando o prazer é vivido pelo prazer e o sexo é apenas um meio de se obter um prazer vazio.
O Exemplo do Avião
Sim, um prazer vazio, afinal, quando a finalidade de algo é desvirtuada, o resultado é vazio, mau. E aqui, temos exemplos das mais diversas formas para vermos a falácia da sensualidade livre.
Se pensarmos em um avião, sua finalidade é fazer longas viagens transportando passageiros ou cargas de forma mais rápida e segura. E isso é bom. Quando um avião é usado para fazer tráfico de pessoa ou roubo de carga, é mau.
Perceberam que o problema não está o avião, mas no uso que dele é feito? Assim também com a nossa sexualidade, quando usada para fins diversos daquele para o qual foi feita, escraviza aquele que pratica, assim como quem rouba sempre precisa roubar mais, que usa droga sempre precisa usar mais, quem vive em prol da sensualidade sempre precisa satisfazer mais e mais esses desejos.
A Luxúria
E os pecados relacionados ao Pecado Capital da Luxúria não são apenas aqueles ligados diretamente ao ato sexual em si, mas há outros – e esses são os mais perigosos – que são bem sutis e levam muita gente pro inferno. A falácia da sensualidade livre age silenciosamente.
Olhares maliciosos, pensamentos impuros, cenas em filmes ou séries com nudez fazem um mal enorme à alma e vai nos jogando nos braços do pecado. Isso sem falar naquelas roupas sensuais que muitos usam – tanto homens quanto mulheres – ou em conversas que são mantidas, como se não houvesse nenhum tipo de limite.
Pensamento e palavras, atos e omissões. Isso vale para todo tipo de pecado, mas quando falamos dos vinculados à Luxúria, isso fica bem mais claro.
Portanto, cuidado com o que você fala, com o que você ouve, com o que você assiste, com os olhares que lança e com os pensamentos que você cultiva na sua cabeça. Cuidado com as palavras que você usa e com a intenção maliciosa que você põe nas suas palavras. O diabo nos espreita, esperando um mole nosso para nos derrubar, pisar em nós e nos arrastar com ele para o lago de fogo.
1ª Semana: A Infantilidade Espiritual
3ª Semana: A Diferença entre Necessidade e Vontade