Depois do sucesso que foi a postagem com os ditos de Santo Antão, seguimos dando continuidade com apoftegmas de um padre do deserto muito famoso e muito santo, o Abade Daniel.
Na postagem Apoftegmas dessa semana, compartilharemos e viajaremos através de algumas pequenas sabedorias e experiências de um grande eremita, padre do deserto, dos primeiros séculos do cristianismo, o Abade Daniel.
Contavam a respeito do Abade Daniel que quando os Bárbaros invadiram a Cétia, os Padres fugiram. Disse então o ancião: “Se Deus não se ocupa de mim, para que também hei de viver?” E andou por meio dos Bárbaros; estes, porém, não o viram. Depois do que, falou consigo mesmo: “Eis que Deus tomou cuidado de mim, e não morri; faze, portanto, também tu o que é humano, e foge como os Padres”. E, tendo-se levantado, fugiu.
(BETTENCOURT, Estêvão. Apoftegmas – A Sabedoria dos Padres do Deserto. Lumen Christi, Rio de Janeiro, 1979)
Eles eram celibatários!
Vivendo no deserto não dá pra ficar pensando besteira, não é? É… errado! O demônio os instigava a todo instante a largar toda aquela vida de retiro para voltar ao mundo e seus prazeres.
E, como hoje, os pecados da luxúria sempre foram os mais atraentes e grande causa de mortes espirituais.
Um irmão pediu ao Abade Daniel: “Dá-me um preceito, e eu o observarei”. Respondeu este: “Nunca estendas a mão a um prato junto com uma mulher, nem comas em companhia dela. Assim evitarás um pouco o demônio da fornicação”.
(BETTENCOURT, Estêvão. Apoftegmas – A Sabedoria dos Padres do Deserto. Lumen Christi, Rio de Janeiro, 1979)
Que exorcismo é esse?
Então… dá uma lida nesse testemunho abaixo. SI-NIS-TRO. É muita unção, intimidade com Deus e obediência!
Contou o Abade Daniel: “Havia na Babilônia a filha de um magistrado que estava possessa do demônio. Ora o pai dela tinha amizade com um certo monge, o qual lhe disse: ‘Ninguém pode curar a tua filha senão os anacoretas que conheço; se, porém, os chamares, não suportarão fazê-lo, por motivo de humildade.
Todavia procederemos assim: quando vierem à praça do mercado, fazei como se quisésseis comprar artefatos, e, quando se chegarem para receber o preço, dir-lhes-emos que façam oração, e creio que a jovem será curada’. Sando eles, pois, à praça do mercado, encontraram um discípulo dos anciãs sentado a vender os artefatos dos mesmos; e levaram-no para casa, juntamente com os cestos, como que para receber o preço destes.
Ora, quando o monge chegou à casa, foi-lhe ao encontro a jovem demoníaca e deu-lhe uma bofetada; ele, então, apresentou a outra face, conforme o preceito do Senhor. O demônio, atormentado com isto, exclamou: ‘Ó violência! O preceito de Jesus me expulsa’. E logo foi a jovem purificada.
Depois, quando chegaram os anciãos, marraram-lhes o que acontecera; eles, então, glorificaram a Deus, e disseram: ‘A soberba do demônio costuma cair pela humildade do mandamento de Cristo’”.
(BETTENCOURT, Estêvão. Apoftegmas – A Sabedoria dos Padres do Deserto. Lumen Christi, Rio de Janeiro, 1979)
Cela? O que é isso?
Os eremitas viviam isolados no deserto e passavam grande parte do tempo, mesmo no deserto, dentro de celas. As celas eram seu refúgio e local de recolhimento para a oração, encontro com Deus.
Certa vez faziam estrada juntos o Abade Daniel e o Abade Amoés. Perguntou o Abade Amoés: “Quando nos sentaremos na cela, também nós, ó Pai?” Respondeu o Abade Daniel: “Quem é que neste momento nos tira Deus? Deus está na cela, e também fora da cela está Deus”.
(BETTENCOURT, Estêvão. Apoftegmas – A Sabedoria dos Padres do Deserto. Lumen Christi, Rio de Janeiro, 1979)
Leu tudo? Você é demais!
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Obrigado pela sua presença aqui.
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Se quiser deixar uma sugestão, será muito bem vinda! Ah! E nossa nova postagem no Instagram tem tudo a ver com esse itinerário Apoftegmas. De fato, Deus é…
Até a próxima postagem! Deus nos abençoe nos guarde para todo o sempre. Amém! Viva a Mãe de Deus e nossa!