Você sabe o que são apoftegmas? Se não souber, sugiro que leia o texto em que explicamos o que são. Nesse texto, usamos as palavras tiradas de um livro, de Santo Estêvão Bettencourt, OSB.
Tendo já visitado os abades Antão, Daniel e Macário… nessa semana visitaremos outro grande asceta, eremita e pai: João Curto!
Apoftegmas do Abade João Curto
Do Abade João Curto contaram que se retirou para junto de um ancião Tebano na Cétia, ficando a residir no deserto. Ora o seu Abade, tomando um lenho seco, plantou-o e disse-lhe: “Rega-o diariamente com um cântaro d’água, até que dê fruto”.
A água, porém, ficava distante deles, de movo que, para hauri-la, devia sair à tarde e voltar de manhã. Passados três anos, o lenho viveu e deu fruto; o ancião então colheu-o e levou-o para a igreja, dizendo: “Tomai, comei o fruto da obediência”.
(BETTENCOURT, Estêvão. Apoftegmas – A Sabedoria dos Padres do Deserto. Lumen Christi, Rio de Janeiro, 1979)
Contavam do Abade João Curto que, certa vez, disse a seu irmão mais velho: “Eu queria não ter preocupações, como os anjos não têm preocupações, não trabalham, mas servem a Deus sem interrupção”. E, tendo-se despojado do manto, saiu para o deserto. Aí passou uma semana, depois da qual voltou ao seu irmão; tendo ele batido à porta, o irmão prestou ouvidos antes de abrir e perguntou: “Tu quem és?” O outro respondeu: “Sou João teu irmão”.
O mesmo disse então: “João tornou-se anjo e não existe mais entre os homens”. Aquele, porém, suplicava, dizendo: “Sou eu”. Todavia o irmão não abriu, mas deixou-o afligir-se até a manhã seguinte. Por fim abriu e disse-lhe: “És homem; tens necessidade de trabalhar de novo para comer”. Ele, então, prostrou-se arrependido, dizendo: “Perdoa-me”.
(BETTENCOURT, Estêvão. Apoftegmas – A Sabedoria dos Padres do Deserto. Lumen Christi, Rio de Janeiro, 1979)
Apoftegmas do Abade João Curto
Disse o Abade João Curto: “Se um Imperador quer tomar alguma cidade dos inimigos, corta primeiro a água e os alimentos; em consequência, os inimigos, perecendo de fome, se lhe submetem. Assim também são as paixões da carne: se o homem vive em jejum e fome, os inimigos perdem a força diante da alma dele”.
(BETTENCOURT, Estêvão. Apoftegmas – A Sabedoria dos Padres do Deserto. Lumen Christi, Rio de Janeiro, 1979)
Disse também: “Aquele que está saciado e conversa com um menino, já fornicou com ele em pensamento”.
(BETTENCOURT, Estêvão. Apoftegmas – A Sabedoria dos Padres do Deserto. Lumen Christi, Rio de Janeiro, 197
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