Há uns bons anos, era muito comum cantarmos uma música que tinha por refrão: “O nosso general é Cristo! Seguimos os seus passos. Nenhum inimigo nos resistirá!” Pensando nisso hoje, nos deparamos com um questionamento: o que seria seguir os passos de Cristo a ponto de nenhum inimigo nos resistir?
Jesus orava. E muito. São inúmeros os textos bíblicos que nos apresentam essa realidade. E não tinha motivo particular para que Ele rezasse: era algo quotidiano, normal, que fazia parte de Sua vida, assim como respirar, falar, andar, sorrir, comer, dormir. A oração de Jesus sempre se voltava para o louvor e a adoração ao Pai, sempre O engrandecia e agradecia por todas as coisas. E é por aí que caminharemos.
O Deserto da Oração
Em seguida, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo demônio. Jejuou quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome.
O tentador aproximou-se dele e lhe disse: ‘Se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se tornem pães’. Jesus respondeu: ‘Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’.
O demônio transportou-o à Cidade Santa, colocou-o no ponto mais alto do templo e disse-lhe: ‘Se és Filho de Deus, lança-te abaixo, pois está escrito: Ele deu a seus anjos ordens a teu respeito; proteger-te-ão com as mãos, com cuidado, para não machucares o teu pé em alguma pedra’. Disse-lhe Jesus: ‘Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus’.
O demônio transportou-o uma vez mais, a um monte muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe: ‘Dar-te-ei tudo isto se, prostrando-te diante de mim, me adorares’. Respondeu-lhe Jesus: ‘Para trás, Satanás, pois está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás’.
Em seguida, o demônio o deixou, e os anjos aproximaram-se dele para servi-lo.
Mateus 4, 1-11
Podemos ler acima que, após 40 dias de jejum e oração, Jesus venceu todas as tentações que o inimigo apresentou e os anjos O serviram. Ou seja: Ele venceu as batalhas pelo poder da oração e do jejum. Portanto, não há inimigo que resista à oração e ao jejum.
Deus: o Alvo das Nossas Orações
Contudo, voltando ao que falamos lá no começo, o alvo da nossa oração e do nosso jejum não pode ser nossa batalha, nossas tentações, nosso problemas, mas Deus. Devemos ter o Senhor como fonte e objetivo das nossas orações. Devemos procurar o Senhor e não o que Ele pode nos dar. A vitória se dá por meio da sua Vida na nossa vida e não por meio do que Ele nos dá.
Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja.
João 4, 23
Hoje, precisamos entender que nossas batalhas não são vencidas de pé, guerreando, falando de Deus, combatendo aqueles que vêm contra nós ou contra a Igreja, mas de joelhos, diante do Senhor, que é quem tudo pode em nós. Precisamos ser os adoradores que o Pai procura. Precisamos que a busca de Deus por adoradores faça eco em nós e termine em nós, e nos curve diante da sua grandeza.
Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados.
Papa Francisco
Assim, o bom soldado de Deus é aquele que, de joelhos, se levanta diante do inimigo e o derruba, mandando-o de volta ao lago de fogo, de onde nunca deveria ter saído. O bom soldado é aquele que gasta tempo na presença de Deus, em oração, adoração e jejum. É aquele que empunha as grandes armas de batalha: A Eucaristia, a Palavra de Deus e o Rosário da Virgem Maria.
Reflexão e Convocação
Por isso, te convocamos, meu irmão: levanta-te de joelhos diante de Jesus Sacramentado, com a Palavra de Deus no coração e nos lábios, e o Santo Rosário nas mãos. Pois, se o nosso general é Cristo, a nossa coronel é Nossa Senhora, e ela combate conosco no exército de Deus, e vence conosco em Deus, pois ela foi quem primeiro entendeu que a única posição de vitória possível é ajoelhada diante do Trono do Altíssimo.
Tá preparado para vencer? Dobre seus joelhos diante de Deus e corra pro abraço da vitória! Afinal, com Deus em nossas vidas, somos mais que vencedores! (cf. Romanos 8, 37)