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Santa Helena de Constantinopla, Imperatriz

Santa Helena

Imagem de Google Imagens, editada por Tenda do Senhor

Santa Helena de Constantinopla nasceu plebeia e pagã em meados do século III, por volta do ano 250, em Bitínia (hoje norte da Turquia), numa família humilde, onde então exercia o cargo de estabularia.

Casamento

Segundo a história, era uma jovem muito bonita e modesta e foram estes atributos que decerto atraíram o famoso general romano Constâncio Cloro, que viria a se tornar seu marido e pai de seu filho Constantino Cloro, nascido no ano de 280, em Naisso, na Sérvia.

Por causa das virtudes militares e políticas de Constâncio, os imperadores Diocleciano e Maximiano, em 293, ofereceram a Constâncio Cloro a oportunidade de ser nomeado César, mas com a condição de repudiar Helena e se casar com a filha de Maximiano, a jovem Teodora.

Assim, motivado por sua ambição, Constâncio repudiou sua esposa Helena, que sofreu afastada da família e do filho por 14 anos, nos quais acreditam converteu-se ao cristianismo.

Constantino converteu-se durante uma batalha, quando viu uma Cruz em seus sonhos com uma legenda que dizia:

Com este sinal vencerás.

No dia seguinte, o imperador levou uma Cruz ao combate e exclamou:

Confio no Cristo em quem minha mãe Helena crê.

Logo depois da morte de seu pai, Constantino foi proclamado imperador de Roma. O novo imperador mandou buscar imediatamente a sua mãe Helena, a qual foi assim condecorada com o título de Augusta (Imperatriz).

A Imperatriz Helena

A então imperatriz Helena teve seu rosto cunhado nas moedas, o que lhe dava livre acesso ao dinheiro do governo. Tão alta dignidade nunca influenciou a Santa que manteve sempre seu coração voltado para as obras de caridade e para as necessidades dos pobres e excluídos.

Já no final de sua vida, logo após viver uma tragédia familiar, aos 78 anos de idade, Helena viajou para uma peregrinação penitencial à Terra Santa afim de buscar as relíquias de Jesus Cristo.

Depois de realizar muitas escavações em Jerusalém, foram encontradas três cruzes. Alguns desses fragmentos foram distribuídos em várias igrejas. O desejo de Helena era que a cruz estivesse em toda a Igreja.

A imperatriz supostamente encontrou também outras relíquias de Jesus: os cravos que perfuraram suas mãos e pés, o “Titulus Crucis”, uma parte da túnica, um fragmento da manjedoura e a Escada Santa.

Ali mandou construir duas Basílicas: a da Natividade, em Belém, e a da Ascensão, no Monte das Oliveiras. Inspirando Constantino a construir também a Basílica da Ressurreição.

Diz a tradição que, para proteger seu filho Constantino nas batalhas, Helena colocou um dos cravos de Jesus em seu capacete e outro em seu cavalo.

Santa Helena de Constantinopla faleceu entre os anos 330 e 335. A princípio, foi enterrada nos arredores de Roma e seu sarcófago foi transferido em 1777 para o Vaticano.

As Obras da Imperatriz

Suas obras de misericórdia refletiam acima de tudo a fé de Santa Helena de Constantinopla, a ponto de muitos perceberem a influência que teve esta mãe que instruiu o jovem Imperador nos fundamentos do cristianismo, com o fim das sangrentas perseguições aos cristãos pelo Império Romano, que já durava 3 séculos.

Abrindo uma nova era na politica e religiosa do estado, e inaugurando assim um novo segmento na história do Cristianismo. Sem dúvida, podemos avaliar sua importância na história da Igreja observando alguns dados históricos que ocorreram na época de Santa Helena.

Fatos Históricos

  • Em 250 o Imperador Décio inicia uma perseguição generalizada aos cristãos em Roma, que se estenderia de forma intensa e violenta até o Império de Diocleciano (284-305).
  • Em 284 após uma breve trégua de 10 anos o Imperador Diocleciano inicia a última, mais grave e mais longa perseguição ao cristianismo. Foram condenados a destruição os templos e os livros sagrados cristãos. E um decreto obrigava todos os cidadãos a sacrificar aos ídolos pagãos. Após um período de grande derramamento de sangue e inúmeras execuções, Constantino assume o poder em 306.
  • Em 313 Constantino decretou a livre profissão da religião católica. O decreto de Milão declarou o Império Romano neutro em relação às visões religiosas, encerrando assim a perseguição aos cristãos.
  • Em 318 Ário é condenado e excomungado por um sínodo convocado por Alexandre I, bispo de Alexandria.
  • Em 321 Constantino doa o palácio dos Laterani ao Papa Milquíades. A Basílica de Latrão se torna a sede episcopal do Bispo de Roma.
  • 324: Constantino lança as bases da nova capital do Império Romano em Bizâncio mais tarde conhecida como Constantinopla.
  • O Papa Silvestre em seu calendário confirma o domingo (e não o sábado judaico) como o primeiro dia da semana, “dies dominicus” (“Dia do Senhor”, em latim) e ordena aos membros da Igreja que o mantenham como um dia santo; dia em que Jesus Cristo certamente ressuscitou; como já tinha sido falado pela Epístola de Barnabé, Santo Inácio de Antioquia, São Justino, em sua Apologia, etc.
  • Em 325, acontece o Concílio de Niceia I – o primeiro concílio Ecumênico, aconteceu na cidade de Niceia da Bitínia. A principal questão definida foi a divindade de Cristo.
  • Em 326 o Papa Silvestre consagra a Basílica de São Pedro construída por Constantino,
    o Grande, sobre o túmulo do apóstolo.
  • E por fim, 336: Data da primeira celebração registrada do Natal em Roma.

Celebração Litúrgica

O Dia de Santa Helena de Constantinopla é celebrado em 18 de agosto.

A grandeza espiritual de Santa Helena de Constantinopla foi de fato tamanha a ponto de ser inserida, junto com os santos André, Verônica e Longino, entre as estátuas monumentais, postas aos pés dos pilares da Cúpula de Michelângelo, na Basílica Vaticana.

Seu sarcófago de pórfiro, transportado ao Latrão no século XI, hoje está conservado no Vaticano e, desse modo, pode ser visitado no Museu Pio Clementino, dentro dos Museus Vaticanos.

Os três cravos que perfuraram o Corpo de Jesus foram doados por Helena para Constantino: um deles foi, a princípio, incrustrado na Coroa de Ferro, conservado na Catedral de Monza, como a lembrar que não existe soberano que não deve sucumbir à vontade de Deus.

As preciosas relíquias estão eventualmente guardadas, hoje, na Basílica Romana de Santa Cruz de Jerusalém.

Santa Helena construiu a Basílica da Natividade, em Belém, que dura até hoje, e a Basílica da Ascensão de Jesus, no Monte das Oliveiras. Por isso esta Santa é tão importante por restaurar os lugares santos mais importantes do cristianismo.

O reencontro da verdadeira Cruz de Cristo levou certamente à instituição também da festa litúrgica Exaltação da Santa Cruz. Santa Helena é atualmente representada com uma cruz ao seu lado.

A Igreja sempre venerou e será grata a Santa Helena principalmente por sua participação a favor da liberdade do culto cristão.

Ademais, Santa Helena é ainda considerada a padroeira dos arqueólogos, dos convertidos, dos casamentos em dificuldades e das imperatrizes.

Oração

Gloriosa Santa Helena de Constantinopla, mãe do imperador Constantino, vós recebestes do céu a valiosa graça de descobrires o local onde tinha sido oculta a Santa Cruz onde Nosso Senhor Jesus Cristo derramou o seu sagrado sangue pela redenção da humanidade.

Tiveste um sonho no qual vistes a Santa Cruz nos Vossos braços. Descobristes a Cruz de Nosso Senhor, a Sagrada Coroa de espinhos, os sagrados cravos com que os seus algozes pregaram as suas mãos e os seus pés no madeiro.

Destes um cravo ao vosso irmão. Ficastes com outro e o terceiro atirastes ao mar para amainar a tempestade que ameaçava afundar o barco em que conduzíeis a Santa Cruz.

Pela Cruz que descobristes, pela Coroa de espinhas e pelos Cravos, eu vos peço, Santa Helena, sede a minha advogada junto a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Defendei-me, Senhora, das tentações, dos perigos, das aflições, dos maus pensamentos dos pecados.

Guiai-me nos meus caminhos, dai-me a força de suportar as provas que me forem impostas por Deus, livrai-me do mal. Amém.

Santa Helena de Constantinopla, rogai por nós!

Trabalho de conclusão da Disciplina Quadros de História da Igreja do Curso Luz e Vida apresentado pela aluna Ana Luiza Kettrup.

Escrito por Equipe Tenda do Senhor

Grupo de Oração Tenda do Senhor

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